Skip to main content

Nova proposta obriga a Prefeitura a retomar o projeto para toda a frota nacional em até seis meses.

O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (DEM), apresentou na última quinta-feira, 17, uma nova proposta que obriga a Prefeitura a retomar a inspeção veicular ambiental para toda a frota da capital em até seis meses, sob pena de multa de R$ 10 mil por veículo não inspecionado.
A inspeção veicular foi criada em 2010 pelo ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) e extinta em janeiro de 2014 pelo sucessor Fernando Haddad (PT), com o argumento de que o contrato com a empresa responsável pelo serviço, a Controlar, era fraudulento, conforme denúncia feita pelo Ministério Público de São Paulo.
“Se a preocupação é a poluição, não podemos cobrar só dos ônibus e fechar os olhos para os demais veículos que também poluem a cidade. Os carros poluem muito mais, os caminhões, esses sim, são o câncer que mata”, disse Leite. O presidente da Câmara disse não ter consultado o prefeito João Doria (PSDB), que nas eleições do ano passado, defendeu a retomada do projeto de forma gratuita.
O secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Gilberto Natalini, é outro político a se manifestar a favor da medida, “pela poluição particulada e pelos gases de efeito estufa”. Leite fez uma apresentação na qual exibiu gráficos mostrando que os cerca de 14,9 mil ônibus do sistema municipal de transporte respondem por apenas 1% do gás carbônico emitido pelos veículos que circulam pela capital. Os automóveis, que representam 71% da frota da cidade, emitem 23% do CO² e os caminhões (2% da frota), emitem 17%. A maior parte das emissões (55%) sai dos escapamentos de micro-ônibus e vans (12% da frota).
O objetivo do projeto é alterar um artigo da Lei Municipal de Mudanças Climáticas, aprovada em 2009, cuja meta era ter todos os ônibus do sistema municipal movidos a combustíveis renováveis até o ano que vem. No primeiro texto proposto por ele, a renovação começaria em 2020 em um cronograma que se estenderia até 2037. Agora, na última versão, o político propõe a redução do prazo para dez anos. A alteração, segundo a Prefeitura, é fundamental para a realização da licitação do sistema de ônibus da cidade, que se arrasta há quatro anos.
(Fonte: Frota&Cia)