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Secretaria da Previdência alerta aposentados e pensionistas sobre golpes de pessoas estranhas que se passam por funcionários da seguridade social.

O segurado não deve fazer depósitos em conta bancária a pedido de estranhos nem fornecer dados pessoais a terceiros. O alerta é da Secretaria de Previdência do Ministério de Fazenda e visa evitar que os aposentados e pensionistas sejam vítimas de golpes de fraudadores que se passam por funcionários da seguridade social para oferecer benefícios e extorquir os segurados.

A Ouvidoria Geral da Previdência Social registrou, desde o início do ano até julho, 732 denúncias sobre a ocorrência desse tipo de fraude . “A Previdência não cobra para prestar um serviço que é um direito do cidadão”, afirma o secretário de Previdência, Marcelo Caetano. Em geral, os golpistas entram em contato com o segurado, por telefone, identificando-se como integrantes do Conselho Nacional de Previdência (CNP) e oferecem algum tipo de benefício. O mote é que o aposentado ou pensionista teria direito a receber valores atrasados – em geral, elevadas quantias – e pedem que entrem em contato por determinado telefone.

Ao segurado que liga são pedidos dados pessoais e o depósito de certa quantia em uma conta bancária para a liberação do pagamento, que não existe. O aposentado Reynaldo Stefano, de 78 anos, passou por esse tipo de abordagem. Em vez de ligar para o número pedido, entrou em contato com a Previdência para saber do que se tratava. “Eles ligaram aqui na minha casa informando que eu teria direito a receber um valor referente a uma revisão no meu benefício, mas antes de ligar para o telefone que eles me informaram entrei em contato com a Previdência”.

Essa é apenas uma das várias formas de abordagem que os fraudadores usam para tentar tirar dinheiro. Há golpistas que enviam documentos com convocação a uma “Chamada para Resgate”, resultado de uma falsa “Auditoria Geral Previdenciária”, em que os segurados teriam direito ao resgate de valores devidos a participantes de carteiras de pecúlio que teriam sido descontados da folha de pagamento como aposentadoria complementar. A Secretaria de Previdência esclarece que não usa esses meios para o contato com seus segurados nem tem tipo algum de relação com planos de previdência complementar para os segurados do INSS. Os benefícios que são pagos mensalmente são da previdência pública, contributiva por todos os trabalhadores filiados ao Regime Geral de Previdência Social.

Existem ainda fraudadores que enviam ofícios e comunicações em nome da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, orientando os participantes sobre o direito de resgate de contribuições de planos de aposentadoria complementar. Em troca, pedem informações pessoais ou bancárias dos beneficiários, cobrando pelos serviços prestados ou custas judiciais.

DADOS
A Previdência Social informa que não solicita dados pessoais de seus segurados por e-mail ou telefone e tampouco cobra para prestar atendimento e serviços. Recomenda ainda que os segurados não recorram a intermediários para entrar em contato com a Previdência e, sob qualquer hipótese, façam qualquer depósito em dinheiro para ter direito a algum benefício previdenciário.

O segurado pode telefonar para a Central 135 e agendar uma visita a uma Agência da Previdência Social (APS), onde será atendido por um servidor especializado.

A Previdência alerta também que não forneça seus dados pessoais para terceiros, que essas informações podem ser usadas para a prática de fraudes. Todos os serviços da Previdência Social são gratuitos.

É importante também que o segurado que for alvo de qualquer tipo de abordagem registre imediatamente um boletim de ocorrência na Polícia Civil e comunique o fato à Ouvidoria Geral da Previdência Social. Para entrar em contato com a Ouvidoria, basta ligar na Central 135 ou acessar a página da Secretaria de Previdência na internet

Outros fazem a abordagem dizendo que o segurado tem direito a valores referentes a uma revisão de benefícios concedidos à época do governo Collor. Todas as revisões são baseadas na legislação e os segurados não precisam fazer nenhum pagamento para ter direito a qualquer benefício. Há casos também em que os golpistas entram em contato dizendo que o segurado teria direito a receber precatórios e pedindo que entre em contato por determinado número de telefone para ter o valor liberado.

 (Fonte: Jornal Contábil)