Skip to main content

Sete anos depois de deixar o país, por culpa da elevada flutuação do câmbio que inviabilizava a importação da Turquia, a Ford Transit está de volta ao mercado brasileiro. Dessa vez, com produção na fábrica da Nordex, no vizinho Uruguai, aproveitando os benefícios fiscais do Mercosul. E totalmente repaginada tanto no aspecto do produto quanto dos serviços agregados ao utilitário.

O anúncio oficial foi revelado em coletiva de imprensa, realizada nessa segunda-feira (13) de forma virtual.  O retorno da montadora ao mercado brasileiro de veículos comerciais ocorre dois anos após o fechamento da fábrica da Ford Caminhões em São Bernardo do Campo (SP), como parte de uma estratégia de reestruturação dos negócios em nível global, decidida pela matriz norteamericana. O foco agora é a eletrificação da linha de produtos e a criação de uma nova divisão, a Ford Pro, voltada exclusivamente para veículos comerciais.

“A retomada das atividades no Brasil e América Latina busca repetir o sucesso da Transit nos mercados europeu e norteamericano, onde o utilitário é líder de vendas”, explica Rogelio Goldfarb, diretor institucional da Ford no Brasil. “Porém, no segmento de veículos comerciais não basta apenas ter um produto vencedor. É preciso contar com uma estrutura totalmente dedicada como a Ford Pro, uma organização desenhada para o comprador profissional”.

Até chegar à linha de produção, a Transit passou por um extenso programa de melhoria no Centro de Desenvolvimento do Produto da Ford na Bahia e no Campo de Provas de Tatuí, em parceria com os centros de engenharia da marca na Inglaterra e na Alemanha. Segundo o fabricante, foram mais de 20.000 horas de trabalho de engenharia e o equivalente a 1 milhão de km rodados em condições reais. O veículo passou por testes de desempenho, validação e durabilidade para atender às características únicas do clima, estradas, combustível, trânsito e modo de dirigir dos consumidores brasileiros e sul-americanos.

Opção de manufatura

Sem revelar muitos detalhes e datas, o novo gerente de vendas de veículos comerciais da empresa, Flávio Costa, apenas adiantou que a Ford irá ofertar inicialmente a versão Minibus nas versões para 15/16 ocupantes e 18/19 passageiros, junto com a opção Vidrada sem bancos, para transformação. Por último virão os Furgões, com capacidades de carga de 10,7m3 e 12,4m3. “A escolha foi uma opção de manufatura. Achamos mais oportuno deixar os utilitários de cargas para depois, já que seu ecossistema não está totalmente estruturado”, ressalta o gerente, em alusão à rede de transformadores ainda em desenvolvimento. A empresa também não comentou a ausência da versão chassi cabine no novo portfólio, ainda que esta represente 45% do mercado de utilitários, segundo o Renavam de 2020.

A nova Transit vai abusar dos recursos de conectividade. Como o FordPass Connect, um modem embarcado que envia informações em real time relativas ao veículo, para ajudar na gestão da frota. O componente vai possibilitar identificar mais de 3.000 modos de falha, além de emitir alertas para a correção do problema.

Para garantir o bom atendimento nos pós-venda, toda rede Ford estará habilitada para dar assistência à nova Transit, através de mais de 100 pontos em todo o país. O cliente também terá um canal exclusivo na Central de Atendimento Ford com assistência 24 horas, sete dias por semana. Além de um suprimento de peças garantido por cinco centros de distribuição e um sistema avançado de logística para entregas rápidas em todo o país.

Fonte: Frota&Cia