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Executivo pede atenção para os caminhoneiros para regularem melhor o mercado

Ao participar do almoço planejado pela Frente Parlamentar Mista Pelo Brasil Competitivo em Brasília, o ministro da Infraestrutura (Minfra), Tarcísio de Freitas, afirmou, nesta quarta-feira (27), que os caminhoneiros ficam chateados quando ele diz a verdade de que o caminhoneiro autônomo tem que se reinventar e que às vezes quem destrói o frete é o próprio caminhoneiro.

“Às vezes o pessoal fica chateado quando a gente fala, porque o que falo para eles é o que eu falo em qualquer evento, então não dá para ter surpresa. Eu sempre falo que eles tem que aprender a repassar os custos de produção ao seu preço. E, na verdade, às vezes quem destrói o frete é o próprio caminhoneiro, porque às vezes você tem um grupo de caminhoneiros negociando com uma transportadora um determinado valor de frete. Sempre tem aquele que oferece o frete muito mais baixo, que acaba pegando um transporte e passando por dificuldade”, disse o ministro em entrevista após o almoço.

De acordo com o ministro, “vocês tem que aprender a se reinventar e a gerir seu negócio, e pegar como exemplo aqueles setores que são mais organizados, como por exemplo, o setor do cegonheiro é extremamente organizado, essa categoria nunca foi ao ministério reclamar de frete”, explicou.

Tarcísio disse ainda que não adianta apenas regular o frete mínimo. O mercado precisa se ajustar para que todos fiquem satisfeitos. “Não é isso que vai resolver, quer ver a contradição: no passado não existia frete mínimo, tinha-se uma tabela da NTC, que era uma tabela de referência, eram valores altos, essa tabela não era obrigatória. Então, quando o caminhoneiro mirava aquele valor da NTC que era mais alto, eles [as transportadoras] não seguiam, mas cooperavam em um valor tranquilo, criaram o peso mínimo, que era o mínimo, o que fez eles ficarem presos naquele valor”, comenta.

Fonte: Frota&Cia