Só em 2017, setor movimentou 375,2 bilhões de toneladas por quilômetro útil.
A movimentação de cargas pelo transporte ferroviário vem crescendo de forma consistente nos últimos anos. Somente no ano passado, foram 375,2 bilhões de toneladas por quilômetro útil transportadas pelas concessionárias de ferrovias em todo o país. Esse número esteve na casa de 278 bilhões de toneladas por quilômetro útil em 2010, ou seja, era 25,9% inferior à época. Somente entre 2016 e 2017, o crescimento foi de 10%. Os dados constam do Anuário CNT do Transporte 2018, divulgado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) na segunda-feira (13).
O transporte de minério de ferro foi o mais significativo da movimentação por ferrovias em 2017. Esse tipo de carga representou 74,2% do total transportado, o equivalente a 278,4 bilhões de toneladas por quilômetro útil. Em segundo lugar, aparecem soja e farelo de soja, produção agrícola, extração vegetal e celulose, com 18% do total transportado no ano passado.
“O crescimento no volume escoado é resultado do fortalecimento do processo de concessões, que modernizou a malha ferroviária e permitiu maior representatividade na matriz de carga brasileira. Precisamos ampliar ainda mais o sistema, afinal, é por intermédio das ferrovias que grandes volumes de commodities chegam aos portos. Isso permite, entre outras vantagens, a elevação contínua das exportações e a ampliação do superávit do comércio exterior brasileiro”, avalia o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista.
O crescimento no volume de carga transportada também impactou positivamente a quantidade de locomotivas em operação. Entre 2016 e 2017, o acréscimo foi de 21,2%. Em valores absolutos, o número passou de 3.043 para 3.688 locomotivas. Trata-se do maior valor observado desde 2006. A quantidade de vagões em operação, entretanto, apresentou uma pequena queda de 1,8%: o número passou de 102.024 vagões, em 2016, para 100.158, em 2017.
(Fonte: Fetcesp)