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Para os investimentos, a previsão subiu de 3% para 4,1%, de acordo com o Banco Central.

O Banco Central (BC) manteve a previsão do crescimento da economia este ano. A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, segue em 2,6%, de acordo com o Relatório de Inflação, divulgado nesta quinta-feira (29/03), em Brasília.

A estimativa para a produção da agropecuária é de recuo de 0,3% no ano, ante estimativa de contração de 0,4%, divulgada em dezembro, após crescimento de 13% em 2017 – resultado recorde. A projeção para o desempenho da indústria foi elevada de 2,9% para 3,1%.

Para os investimentos -Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) –a previsão subiu de 3% para 4,1%.

Segundo o BC, a melhora na projeção para os investimentos está “associada à trajetória favorável nos índices de confiança dos empresários, à redução do endividamento das empresas no sistema financeiro e aos efeitos do ciclo de flexibilização na política monetária [redução da taxa básica de juros, a Selic, o que estimula a economia]”.

A previsão para o crescimento do consumo do governo ficou em 0,5%, ante projeção de 1% em dezembro. A projeção para o consumo das famílias foi mantida em 3%, “em linha com expectativa de evolução favorável da massa salarial ampliada e do crédito à pessoa física”.

As exportações e as importações de bens e serviços devem variar 4,9% e 6,8% em 2018, diante de projeções respectivas de 4% e 6% do Relatório de Inflação de dezembro.

“A elevação na projeção para as exportações reflete o desempenho positivo nos primeiros meses do ano, em certa medida explicado por exportação de plataforma de petróleo, e as perspectivas mais favoráveis de vendas externas de produtos primários”, diz o relatório do Banco Central.

Já o aumento das importações decorre da melhora nas projeções de crescimento da indústria e dos investimentos, com consequente aumento nas compras de insumos, máquinas e equipamentos.

INFLAÇÃO

O Banco Central reduziu a estimativa da inflação para este ano. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 4,2% para 3,8%, de acordo com o Relatório de Inflação, divulgado hoje (29) pela internet, em Brasília.

Essa é a projeção do cenário central, elaborada com base em perspectiva de taxa de juros (6,5% ao ano) e câmbio (R$ 3,30, no fim de 2018) do mercado financeiro (pesquisa Focus).

A estimativa ficou mais distante do centro da meta de inflação, que é 4,5% este ano. Para 2019, o centro da meta é 4,25% e 2020, 4%. O intervalo de tolerância é 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Para 2019, a projeção para o IPCA caiu de 4,2% para 4,1%. A estimativa para 2020 passou de 4,1% para 4%.

(Fonte: Diário do Comércio)