Pelas regras atuais, é possível se aposentar sem idade mínima, a partir dos 35 anos de contribuição (homem) ou dos 30 (mulher); ou a partir de 65 anos (homem) ou 60 anos (mulher) com tempo mínimo de 15 anos de contribuição. A proposta de Bolsonaro prevê, segundo Marinho, uma regra de transição de até 12 anos para quem já está no mercado de trabalho, mas os detalhes ainda não foram divulgados pelo governo, por determinação do próprio presidente. Bolsonaro também queria um tempo de transição melhor.
Envio para Câmara será dia 20
Marinho evitou cravar qual será o impacto obtido com a reforma que foi decidida por Bolsonaro. Quando questionado sobre a fala de Guedes de que a proposta precisaria garantir uma economia de R$ 1 trilhão em 10 anos, ele respondeu: “Se o ministro (Paulo Guedes) disse, então será”.
Agora que está fechado, o texto deverá ser entregue à Câmara dos Deputados na próxima quarta-feira (20/2), quando o presidente deve fazer um pronunciamento à nação para explicar a proposta. Para ser aprovada, a reforma deve ter 308 votos favoráveis entre os deputados, e outros 49 de senadores.
Reunião entre Bolsonaro e Guedes
Para fechar a proposta, Bolsonaro se reuniu com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no Palácio da Alvorada, nesta quinta-feira. O encontro durou mais de duas horas e contou com a participação dos ministros-chefes da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz.
Também participam o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO); o subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Jorge Oliveira; o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho; seu adjunto, Bruno Bianco; e o secretário de Previdência do Ministério da Economia, Leonardo Rolim.