Após enfrentar uma dura crise, o setor de transporte rodoviário de carga demonstra recuperação e empresas encontram novas oportunidades de crescimento na reforma trabalhista e também no tabelamento do frete.
“Com a aprovação da reforma trabalhista, ocorreram mudanças que possibilitaram aos embarcadores a terceirização de todas as atividades, criando oportunidades para o mercado de logística”, avalia o diretor operacional (COO) da JSL Logística, Adriano Thiele.
A reforma trabalhista, aprovada no final de 2017, regulamentou aspectos da lei da terceirização que beneficiam a atividade da logística. O executivo explica que várias operações, como a colheita de madeira no setor florestal e o transporte de cana-de-açúcar para a usina, eram consideradas atividade-fim e não podiam ser executadas por terceiros. “Com a alteração, o embarcador vai poder focar na atividade dele e deixar a logística para uma empresa especializada, o que é uma grande vantagem”.
Thiele destaca que o serviço logístico, por ser diretamente ligado à atividade econômica, passou por um período bastante difícil durante a crise. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB do setor de transporte apresentou crescimento de 2,2%, consolidando uma recuperação iniciada em 2017, quando registrou avanço de 0,9%, após dois anos seguidos de queda: -4,3% em 2015 e -6,8% em 2016.
O executivo conta que, pela diversificação de serviços, a JSL conseguiu mitigar os impactos desse período. “Um setor acaba compensando o outro. Papel e celulose manteve um bom desempenho, enquanto outros tiveram queda”. Ele assinala que, desde o 2º semestre do ano passado, nota uma recuperação da economia. “Em um período de retomada, a logística é um dos primeiros setores beneficiados”.
(Fonte: Setrans)