Entidades descartam nova greve de caminhoneiros
Apesar da insatisfação com os atuais valores praticados pela tabela do frete mínimo a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) disseram que não existe ameaça de greve nem nenhuma mobilização.
O porta-voz da Abcam informou que costuma fazer monitoramentos constantes entre entidades de classe, lideranças e grupos da categoria, além de redes sociais, para saber se existe algum risco latente de greve, mas, até o momento, não identificou “nenhuma insatisfação”.
Valores Atuais
A última atualização da tabela ocorreu em 21 de janeiro deste ano. As tarifas mínimas são:
- R$ 0,90 por km (de 2.901 a 3.000 km)
- R$ 2,15 por km (de 1 a 100 km)
Esses preços oscilam ainda segundo o número de eixos do caminhão.
Diumar Bueno, presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), disse que a tabela atual de preços mínimos não atende às necessidades dos caminhoneiros.
Abcam contesta os dados utilizados como base da tabela
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) afirmou que essas tabelas vêm sendo elaboradas com base em caminhões que não condizem mais com a realidade da maioria da frota. A estimativa é que haja 2 milhões de caminhões (metade de autônomos e, a outra, de empresas de transporte).
“Ao se estabelecerem pisos mínimos para os fretes, será possível negociar com as transportadoras um valor que, no mínimo, garanta nossos custos operacionais, o que não ocorre hoje”, disse o presidente da CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos), entidade que agrega caminhoneiros autônomos. Eles respondem pelo transporte de aproximadamente 50% dos produtos duráveis e perecíveis em todo o país.
Pesquisa vai definir valores mínimos do frete
É necessário um levantamento de dados complexo para detalhar a realidade do setor com objetivo de definir os valores mínimos de frete. Para chegar aos novos valores, a ANTT contratou o Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial, da Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Esalq-USP).
Outros dois estudos já são previstos para janeiro e junho de 2020 com o objetivo de atualizar os valores e os dados coletados, as novas pesquisas devem incluir ainda novos indicadores operacionais de transporte.
A pesquisa levanta dados como: Idade média dos caminhões; Tipos de carga; Distribuição das rotas; Número de eixos Distâncias médias das rotas; Velocidade média; Salário médio do motorista; Horas trabalhadas; Marca e tipo de pneu.
(Fonte: Frota & Cia)