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A linha de crédito Finame Baixo Carbono, do BNDES, oferece vantagens para atrair frotistas interessados em investir em frotas menos poluentes

A linha de crédito Finame Baixo Carbono, do BNDES, vai ajudar a aumentar a frota de caminhões e ônibus elétricos e a gás no Brasil. De acordo com o chefe de relacionamento institucional, Tiago Perola, a previsão é que a nova linha de crédito tenha forte demanda nos próximos anos. “Agora, em 2022, a procura deverá aumentar bastante”, diz.

O BNDES já tem alguns modelos de caminhões elétricos e a biogás credenciados. “Queremos que cada vez mais fabricantes credenciem seus veículos nessa linha”, aponta Perola. Da mesma forma, o banco notou o interesse crescente de empresas do varejo em descarbonizar a frota. “Para atender os clientes, os frotistas já planejam comprar veículos que usam combustíveis mais limpos”, resume o executivo.

Novas regras flexibilizam credenciamento

Outro motivo que ajudará a aumentar a procura pelo Finame Baixo Carbono, de acordo com o Tiago Perola, é a prorrogação da fase de credenciamento de novos produtos. A partir de agora, a primeira fase se estenderá até dezembro de 2024.

Além disso, houve flexibilização das regras de nacionalização de conteúdo. Ou seja, caminhões e ônibus com 20% de componentes de fabricação nacional são aceitos pelo Finame Baixo Carbono. Antes, esse índice era de 50%, o mesmo do Finame convencional.

De toda forma, a medida deverá gerar mais possibilidades para os fabricantes de caminhões e ônibus habilitarem seus produtos de baixo carbono nessa linha de financiamento.

Benefícios para quem financia

Segundo Perola, a linha de crédito tem dois diferenciais na comparação com o Finame tradicional. O primeiro é o spread menor. O segundo é que, nesta linha, há a limitação do spread para a instituição financeira. Ou seja, quanto maior o spread bancário, maior é o lucro dos bancos. Da mesma forma, significa juros mais caros para os clientes, que, então, precisam recorrer a empréstimos e financiamentos.

Por outro lado, as duas linhas de crédito têm prazos de pagamento e subsídios semelhantes. Ambas exigem 10 anos para pagamento. Bem como carência de 2 anos. Contudo, em financiamentos onde há a taxa fixa do BNDES, a carência cai para 1 ano. Nas duas linhas de financiamento, a participação do BNDES pode chegar a 100% do valor.

Bancos credenciados

De acordo com o BNDES, as instituições financeiras autorizadas a fornecer esse tipo de financiamento são os bancos Bradesco, Itaú, Santander, Fomento Paraná, Banpará, Banco Volkswagen e Banco Safra.

O Finame Baixo Carbono surgiu em 2021 para financiar a aquisição de máquinas e equipamentos. O pré-requisito é que os modelos contribuam para a redução de carbono. Além disso, todos devem ser novos e ter fabricação nacional. Por fim, os veículos também devem estar credenciados no sistema do BNDES.

Entram nessa lista caminhões e ônibus movidos a bateria, a célula de combustível, híbridos ou a gás. Também podem ser credenciados os comerciais leves elétricos e híbridos. Segundo o BNDES, os implementos rodoviários ainda não estão contemplados.

Fonte: Portal NTC